sexta-feira, 12 de março de 2010

Conferência Magna

Criatividade brasileira embeleza a abertura dos trabalhos da II CNC, em Brasília.

Na manhã desta sexta-feira, 12 de março, a capacidade criativa do brasileiro coloriu o auditório do Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília, momentos antes da abertura da Conferência Magna: Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento, proferida pelo professor português Antônio Pinto Ribeiro na II Conferência Nacional de Cultura.

Tão logo o moderador João Batista Ribeiro Filho anunciou o nome do conferencista para iniciar a sua palestra, integrantes do grupo Ação Griô Nacional, sediada em Lençóis, na Bahia, entraram cantando, fazendo o que chamam de ‘cortejo griô’, com a seguinte saudação: “Ô lua nova, cadê a lua cheia? Os griôs já estão chegando para abrir a sua aldeia”. Uma mensagem de alegria, de boas-novas, com muita originalidade.

Essa riqueza da diversidade cultural brasileira - mostrada na prática, ali dentro do auditório lotado - foi mencionada por Pinto Ribeiro, que tem formação acadêmica nas áreas de Filosofia, Ciências da Comunicação e Estudos Culturais, com prática de Programação Artística e de Gestão Cultural. “Nós vivemos num tempo em que é preciso rever tudo. Um ministério cultural não pode ser só um ministério das artes, mas também da cidadania”, enfatizou o professor.

Segundo o conferencista, a Cultura é um termo abstrato, com o qual pode-se dizer muito ou nada. Destacou a questão do multiculturalismo e expôs a realidade da atual expansão cultural, por meio da multiplicação das bienais de arte, da arquitetura que se transformou em “algo sensacional” e do trabalho digital que “está por todo o lado”.


Entrevista

Numa breve entrevista, o catedrático português falou da importância de os públicos serem subsidiados, e não somente os produtores. Explicou a questão: “A atividade cultural deve ser equiparada, por exemplo, à saúde ou à educação. Em muitos países, o dinheiro gasto com essas duas áreas é deduzido dos impostos. Então, a exemplo do que acontece nesses setores, poderia haver dedução de parte das despesas com cultura, o que deixaria as pessoas mais dispostas, mais satisfeitas, já que poderiam deduzir os seus gastos, e com isso pode-se construir mais cultura”.

“Estou absolutamente maravilhado com a realização da II Conferência Nacional de Cultura”, comentou. Para Pinto Ribeiro, vão surgir durante os debates diferentes pontos de vista, alguns até vão entrar em colisão, mas o público está tendo a oportunidade de fazer o diagnóstico da virada cultural no Brasil. “E isso é fantástico”, destacou entusiasmado."

Texto: Gláucia Ribeiro Lira

Fotos: Pedro França
Comunicação Social/MinC

2 comentários:

  1. Como comentei em um texto em nosso blog(http://discutindoacultura.blogspot.com), "de todo esse movimento democrático de discussão cultural o mais importante, não serão os fins e sim os meios, pois todo esse processo no qual nos inserimos, proporcionou uma possibilidade de interação entre as diversas formas de cultura e defesas dessas culturas, de modo que cada estado defendeu seus interesses culturais, sem deixar no entanto de observar e defender o que de melhor se poderia fazer em prol da cultura brasileira."
    Entrem em nosso blog http://discutindoacultura.blogspot.com, comentem e sugiram melhorias, critiquem, com as críticas buscaremos as correções.

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  2. Olá Ruyter! Obrigada pelo pertinente comentário em nosso blog! Estaremos inserindo o link do seu blog em nossa página. Volte sempre! Um abraço do CNC Debates!

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